Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno é uma exposição coletiva realizada em parceria entre a Associação Cultural Videobrasil e a SP-Arte. A mostra, no Galpão VB, apresenta trabalhos de Caetano Dias, Claudia Andujar, Gisela Motta e Leandro Lima, Miguel Rio Branco, Rodrigo Braga, Rodrigo Bueno, Runo Lagomarsino e Virginia de Medeiros.
Para Solange Farkas, diretora do Videobrasil e curadora da exposição ao lado de Gabriel Bogossian, o projeto SP-Arte no Galpão VB consolida a parceria iniciada em 2015, responsável por apresentar no espaço da Associação o site-specific Agridoce, do artista sul-africano Haroon Gunn-Salie. “Agora, ampliamos nossa parceria. O projeto possibilita outros olhares sobre as obras desses artistas, ao mesmo tempo que contribui para a expansão do Festival, inserindo o Galpão VB no roteiro de suas exposições paralelas, com nomes consagrados no circuito das artes”.
Para Fernanda Feitosa, este é um encontro que reverbera os propósitos da SP-Arte em 2017. “Sedimentados como Festival, ocupamos ainda mais a cidade com arte nesta edição. Vigorosa parceira, a Associação Cultural Videobrasil – há mais de 30 anos na ativa – é a melhor tradução do que precisamos conhecer da produção contemporânea que dialoga com o vídeo, o que representa bem nosso encontro artístico.”
A exposição conta com uma série de atividades que busca expandir os questionamentos propostos pela curadoria. Exibição de uma seleção de documentários produzidos por Thomaz Farkas, uma visita guiada pela exposição e pelo bairro da Vila Leopoldina ao lado do artista Rodrigo Bueno e uma conversa com o arquiteto e urbanista Paulo Tavares compõem os três programas públicos, em 29 de abril, 20 de maio e 10 de junho no Galpão VB. Os encontros são gratuitos.
Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno fica em cartaz no Galpão VB até 17 de junho de 2017, com entrada gratuita.
SERVIÇO
O QUE: exposição Nada levarei quando morrer, aqueles que me devem cobrarei no inferno | COM OBRAS de Miguel Rio Branco, Claudia Andujar, Virginia de Medeiros, Runo Lagomarsino, Gisela Motta e Leandro Lima, Rodrigo Braga, Caetano Dias e Rodrigo Bueno | CURADORIA de Solange Farkas e Gabriel Bogossian.
QUANDO: abertura - 6 de abril (quinta), 19h | visitação: até 17 de junho de 2017, de terça a sábado, das 12h às 18h.
ONDE: Galpão VB | Associação Cultural Videobrasil – Av. Imperatriz Leopoldina, 1150, São Paulo/SP.
Bob Wolfenson está às vésperas de completar 50 anos de carreira. Ficou conhecido por fazer ensaios antológicos de moda e nus para as principais revistas do Brasil e do mundo, consagrou-se como um dos retratistas mais respeitados do país, produziu trabalhos independentes que integram o acervo de museus como o MASP, o MAM-SP e o MAC e tem publicações em casas editoriais como a Companhia das Letras e a Cosac Naify. Tornou-se um fotógrafo inclassificável, irrestrito: difícil medir a envergadura de quem desafia as próprias asas.
Em seu último projeto, Nósoutros, partiu em busca de uma mesma cena urbana, em 15 países e em diferentes estações do ano compondo um tratado contemporâneo da população das grandes cidades, em panorâmicas que chegam a sete metros de largura. A exposição “O Indivíduo e a Multidão” une este trabalho a uma série de retratos que vão de Nina Simone a Caetano Veloso, João Cabral de Melo Neto a Hélio Oiticica, feitos entre 1976 e 2013 e trata não só dos contrastes presentes nesses dois conjuntos – horizontalidade x verticalidade, cor x p&b, ser visto x desaparecer, mostrar-se x esconder-se, anonimato x notabilidade, mas também das diferentes posturas adotadas pelo fotógrafo – ora invisível, uma vítima urbana da imprevisibilidade, ora dirigindo praticamente tudo, cenário, luz, mão, olhar.
Inaugurada pelo Ponto de Partida, grupo de teatro mineiro de 36 anos, como conjunto cultural, em agosto de 2015, a Estação Ponto de Partida, além de ser a sede das criações do Grupo, abriga a Bituca: Universidade de Música Popular e a Casa Palavra, dedicada à literatura e aos encontros, onde funciona um café/bistrô. O conjunto arquitetônico onde funcionou a Sericícola e que estava a ruir, foi inteiramente restaurado pelo Grupo e, além de ser um centro de produção e formação artística de referência, oferece programação cultural permanente. Já passaram por lá, Milton Nascimento, Fernanda Montenegro, Dori Caymmi, Mônica Salmaso com Teco Cardoso e Nelson Ayres, Wagner Tiso, Sergio Britto, Hamilton de Holanda, Spok Frevo Orquestra, Grupo Galpão, Caco Barcellos Xico Sá, Danilo Miranda (palestra), Clowns de Shakespeare, Luna Lunera, Juarez Moreira, Gilvan de Oliveira, Cléber Alves, Cia Navegantes Teatro de Marionetes, Júlio Maria (lançando a biografia de Elis Regina), o próprio Ponto de Partida e os Meninos de Araçuaí.
Em parceria com empresas locais, a Galeria Millan (SP) e Bob Wolfenson, abre sua programação de artes visuais trazendo, pela primeira vez, uma exposição de Bob para o estado de Minas Gerais, com a presença do fotografo e um bate-papo sobre sua carreira. O próximo nome confirmado é Ronaldo Fraga e a data será divulgada em breve.
O INDIVÍDUO E A MULTIDÃO | BOB WOLFENSON
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
7 de abril a 1º de maio, 2017
Quinta e sexta, de 16h às 21h, sábado, de 10h às 21h
Gratuito
Estação Ponto de Partida
Rua Luiz Delbem, 80 . Barbacena . MG
Informações: 32 3331-5803
A Galeria Millan anuncia a representação de Mario Cravo Neto e José Bento. O fotografo Mario Cravo Neto (1947-2009) , atualmente em cartaz no recém-inaugurado Museu da Fotografia (Fortaleza/CE) e na mostra coletiva "Retratos", na galeria, está presente também na seleção de trabalhos da SP-Arte, com obras dos anos 1990 e 2000. José Bento, participante da mais recente Bienal Internacional de São Paulo (2016) "Incerteza Viva", também está representado na seleção de trabalhos da galeria para a SP-Arte 2017, com esculturas e o vídeo "Poeira" (2003).
Sobre Mario Cravo Neto
Fotógrafo, escultor e desenhista. Recebe as primeiras orientações no campo do desenho e da escultura de seu pai, Mario Cravo Júnior. Acompanhando o pai, que participa do programa Artists on Residence, patrocinado pela Ford Foundation, viaja para Berlim em 1964. Nessa cidade mantém contato com o artista italiano Emilio Vedova e com o fotógrafo Max Jakob. Em 1968, muda-se para Nova York e estuda na Arts Students League, com orientação de Jack Krueger, um dos precursores da arte conceitual na cidade. Nesse período, realiza a série de fotografias em cores On the Subway e produz suas primeiras esculturas de acrílico. Retorna ao Brasil em 1970, onde dedica-se à fotografia de estúdio, cria instalações e realiza trabalho fotográfico com temática relacionada ao candomblé e à religiosidade católica. Publica, entre outros, os livros Ex-Votos, 1986, Salvador, 1999, Laróyè, 2000, Na Terra sob Meus Pés, 2003, e O Tigre do Dahomey - A Serpente de Whydah, 2004. Recebe o Prêmio Nacional de Fotografia da Fundação Nacional de Arte - Funarte, em 1996, o Price Waterhouse, no Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, em 1997; e o prêmio de melhor fotógrafo do ano da Associação Paulista dos Críticos de Arte - APCA, São Paulo, em 1980, 1995 e 2005.
Sobre José Bento
O desejo de ser artista habita José Bento desde a infância. Autodidata, de um saco de palitos de picolé nasceu, por volta dos 20 anos, a ideia de fazer o primeiro objeto: uma cadeira em tamanho natural, constituída por tais fragmentos de madeira, material que jamais abandonou. A partir daí, cria com palitos uma série de ambientes em miniatura, expostos em sua primeira individual no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, em 1989. Nessa época, começa a explorar as possibilidades da madeira em outras escalas e formatos por meio de seu trabalho com troncos tombados naturalmente, muitos de árvores raras e seculares, recolhidas na região da Mata Atlântica entre Minas Gerais e Espírito Santo. Seus trabalhos recentes buscam superar os limites formais da escultura e da matéria. Joga com a arquitetura por meio de silenciosas intervenções, constrói e desconstrói objetos, cria instalações interativas, faz fotografia, performance e vídeos, buscando reinventar os lugares para materiais como a madeira, a porcelana e o vidro.
Um dos artistas plásticos com maior projeção na cena contemporânea, reconhecido mundialmente por suas obras de dimensões épicas que operam a fusão entre as diversas modalidades artísticas e a arquitetura, o paulista HENRIQUE OLIVEIRA ganha agora, por meio de uma parceria entre a editora Cosac & Naify, a SESI-SP Editora e a Galeria Millan, o primeiro livro, ou “monografia ilustrada”, sobre seu percurso profissional, iniciado no final da década de 1990.
Intitulada apenas “Henrique Oliveira”, a publicação tem 320 páginas e reúne mais de 120 imagens de trabalhos realizados pelo artista ao longo dos últimos 13 anos, além de um ensaio assinado pelo crítico de arte Agnaldo Farias e de uma entrevista feita com Henrique pela crítica de arte Aracy Amaral. Trata-se de uma abrangente edição retrospectiva dedicada a documentar e analisar a produção deste artista, representado pela Galeria Millan desde 2011.
“(…) A marcha vertiginosa da vida contemporânea insta o artista, focado na contraditória realidade brasileira, a empregar tapumes como matéria-prima em alguns trabalhos. Sua posição entre razão e natureza leva-o a pendular entre a árvore e o compensado, seu produto mais comum, ordinário. Composto por distintas camadas de madeira e usado para barrar a visão para o interior dos canteiros de obras, o compensado é um material poderoso, um amálgama de matérias e de tempos.” (Agnaldo Farias, no texto “Madeira, Matéria Mater”)
O projeto do livro “Henrique Oliveira”, com tiragem de 2.000 cópias, foi realizado através da Lei Rouanet (Pronac 1414283), em 2016, e contou com o patrocínio do empresário e colecionador Marcelino Rafart de Seras.
Lançamento do livro "Henrique Oliveira":
Sábado (17/12), das 12h às 16h, na Galeria Millan
R. Fradique Coutinho, 1416, Vila Madalena, São Paulo, SP
Entrada franca
Tel.: 11 3031-6007
www.galeriamillan.com.br
www.henriqueoliveira.com
A Galeria Millan participa da Art Basel Miami Beach 2016 com obras de ao menos 12 de seus artistas representados (Miami Beach Convention Center - Hall C - Stand C16). A galeria exibirá trabalhos recentes de Ana Prata, Felipe Cohen, Henrique Oliveira, José Damasceno, José Resende, Lenora de Barros, Miguel Rio Branco, Paulo Pasta, Rodrigo Andrade, Tatiana Blass, Thiago Rocha Pitta e Tunga (foto), entre outros.
Mais informações aqui.
Art Basel Miami Beach 2016
miami beach convention center - miami, eua
visitação: 01 - 04 . dez . 2016
qui: 11h - 20h; sex e sáb: 12h - 20h; dom: 12h - 18h
A Galeria Millan participa da 6ª edição da ArtRio – Feira Internacional de Arte do Rio de Janeiro com obras de dez de seus artistas representados (no Stand F4 - Armazém 2): Ana Prata, Dudi Maia Rosa, Felipe Cohen, José Resende, Lenora de Barros, Miguel Rio Branco, Nelson Felix, Paulo Pasta, Rodrigo Andrade, Tatiana Blass e Thiago Rocha Pitta e Tunga. E no dia 30/09, a partir das 19h, Tatiana Blass autografa no stand da Blooks Livraria o seu novo livro, recentemente publicado pela Editora Automática.
6ª ArtRio
píer mauá - rio de janeiro, rj, brasil
visitação : 29 . set - 02 . out . 2016
qui a sáb : 13h às 20h ; dom : 13h às 19h
A Galeria Millan, juntamente com a Embaixada do Brasil em Roma, na Itália (localizada no Palazzo Pamphilj, na célebre Piazza Navona), têm o prazer de apresentar a primeira individual do artista paulista Paulo Pasta na capital italiana.
Intitulada "Setembro", a mostra reúne 16 novas pinturas de Pasta, algumas delas em grande escala, como é o caso das telas "Anunciação Rosa", "Roma" e "Setembro" (foto acima). A abertura, que contou com a presença do artista, do Embaixador do Brasil em Roma, Ricardo Neiva Tavares, e de Socorro de Andrade Lima, diretora da Galeria Millan, aconteceu no dia 06/09. A individual pode ser visitada até o dia 04/10.
A Galeria Millan participa da 10ª SP-Arte/Foto – Feira de Fotografia de São Paulo com trabalhos de três de seus artistas representados: Bob Wolfenson, Lenora de Barros e Tatiana Blass, no stand de número 18.
E no dia 25/08, às 19h, dentro da programação oficial desta edição da feira, Tatiana Blass irá autografar o seu novo livro, lançado recentemente pela Editora Automática, no stand da Millan.
10ª SP-Arte/Foto
shopping jk iguatemi - são paulo, sp, brasil
visitação: 25 - 28 . ago . 2016
qui e sex, 15h - 21h; sáb, 14h - 21h; dom, 14h - 20h
As galerias Millan (São Paulo), Luhring Augustine (Nova York) e Franco Noero (Turim) apresentam a instalação "Eu, Você e a Lua", do artista plástico TUNGA, na seção Unlimited da Art Basel 2016. A Unlimited é uma plataforma de exibições pioneira da feira - que acontece entre 13 e 19 de junho em Basel, na Suíça - e engloba aproximadamente 80 projetos que transcendem as limitações de um estande tradicional, incluindo esculturas, pinturas, vídeos, instalações em grande escala e performances ao vivo. O curador da seção é Gianni Jetzer, do Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, de Washington D.C.. Saiba mais neste link: http://www.artbasel.com/basel/
["Eu, Você e a Lua", 2014, Ferro, aço, madeira petrificada, gesso, cerâmica, espelhos parabólicos, tiras de couro, resina, cristal de quartzo, essência de âmbar, pasta de óxido de zinco; 320 x 700 x 500 cm]
Lenora de Barros vem construindo, desde os anos 1970, uma trajetória singular dentro do contexto da arte contemporânea brasileira. Transitando por diferentes linguagens e mídias, suas experimentações nascem, muitas vezes, em diálogo com a materialidade da palavra no âmbito das questões colocadas pela poesia concreta, mas flertam também com a arte conceitual, a arte pop e o neoconcretismo. A exposição ISSOÉOSSODISSO, que abre na Oficina Cultural Oswald de Andrade dia 30/4, às 15h, e vai até 30/7, apresenta mais de vinte obras de Lenora, entre vídeos, foto-performances, cartazes, poemas sonoros e documentos, e tem como fio condutor o processo de criação da artista. Neste processo, é possível perceber um elemento comum: as obras de Lenora de Barros sempre se desdobram, gerando ecos em outras obras.
O poema que dá nome à exposição nasce em 1994, quando Lenora de Barros apresenta, ao lado de Arnaldo Antunes, a performance O Desejo É o Começo do Corpo / O Corpo Não Mente. Durante a ação, Lenora quebrava um esqueleto de plástico em várias partes e, ao jogá-las no chão repetia, melancolicamente, a frase “Isso é osso disso”. Deste esqueleto restava somente sua coluna, a sua espinha dorsal, a última imagem da performance, que nos remete, sem dúvida, à obra Língua Vertebral, realizada em 1998 na Bienal da Antropofagia.
Um dos destaques da mostra é Procuro-me (2001-2003), publicada inicialmente no caderno Mais! (Folha de S.Paulo) logo após a queda das Torres Gêmeas, em 11 de setembro de 2011. Depois se transforma em uma série de cartazes, em mural lambe-lambe e em vídeo. Quando exposta na fachada do Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo, em 2002, quatro de seus cartazes plotados foram pichados e um grupo que se denominava Art-Attack assumiu a pichação. Em seguida, Lenora começa o processo de “recuperação”, ou melhor, de desdobramento dos trabalhos pichados e roubados de Procuro-me / Procura-se, que resultariam na série Retalhação.
A obra de Lenora de Barros é um tornar-se permanente, em que o mesmo é sempre outro. Neste processo, onde “isso é osso disso”, é possível entrever o gesto performático constituinte da obra da artista: esta fresta, este interstício sempre lacunar, esta dobra que se desdobra – como diria Gilles Deleuze – onde as inúmeras possibilidades expressivas de algo estão em constante devir. A curadoria é de Priscila Arantes, do Paço das Artes.